sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Torcedor do Bahia

Ser torcedor do Bahia não é nada fácil. Isso porque, além de ter que suportar os piores momentos do time, você tem que vencer a insuportável vontade de assistir aos jogos, mesmo sabendo que o jogo vai ser muito ruim e você vai ter uma decepção incrível.

O jogo desta quarta, contra o Inter, pela Sulamericana, não foi diferente. Eu já estava preparado para a decepção, mas foi um misto de emoções e reações.


Já na escalação, quando eu vi que Gilson Kleina tinha escalado Diego Macedo no meio de campo, eu fiquei assim:

OI!?


"Já temos bola rolando!", foi o que Mastroiani falou e eu fiquei assim:

...


Aí, logo no começo do jogo, Rafael Miranda erra um passe no bico da grande área, que resulta numa bola na trave do Bahia:

"É brincadeira?!?"


De repente, a marcação do Tricolor começa a encaixar e o time começa a sair com velocidade:

"Olha, rapaz..."


Cobrança de escanteio, Manu Biancucchi manda a bola na cabeça de Lucas Fonseca, Bahia abre o placar:

"rsrs... Olha esse Bahia discaradinho..."


Na volta do segundo tempo, boa jogada de Henrique e gol de Diego Macedo:

"GOOOOOL, DESGRAAAAAÇA!"


Kleina, mesmo vencendo por dois gols, fora de casa, bota o time pra frente e o Bahia cria mais chances de gol:

"Gigante Bahia muito grande! HUEHUEHUEHUHEUHEUEHUEHUE"


Fim de jogo! Bahia dá duas brocadas e encaminha bem a vaga para a fase internacional da Sulamericana:


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Fechado com a justiça

Tá liberado começar o show de hipocrisia. Mais um caso de racismo no nosso futebol vem à tona. Na vitória do Santos sobre o Grêmio por 2-0, o goleiro santista Aranha foi chamado de macaco, agora todo mundo está fechado com ele até a poeira baixar. Lamento por ele e pela sua família nesse momento.



"— Lamentável a gente viver no século XXI e estar passando por situações como esta. Eu só tenho que lamentar, aconteceu com um torcedor da nossa equipe para com um jogador da equipe adversária. Se pegou a imagem, tem de haver punição. Infelizmente a gente vive em um país racista", disse Zé Roberto, jogador do Grêmio.

É muito bonito fazer campanha, colocar placa no estádio, botar jogador na tela pra criticar as atitudes, mas não adianta se não cortar o mal pela raiz e expurgar qualquer atitude ignorante, seja de jogador ou torcedor. No Japão, o torcedor mostrou uma banana e está banido para sempre dos estádios. A gremista que chamou Aranha de macaco deverá voltar pra Arena do Grêmio no domingo, proferindo ofensas aos jogadores do Bahia. A impunidade é imensa, tudo passa batido e morre nas belas campanhas.

Estou fechado com a justiça, que o Grêmio seja punido, que a mulher e quem mais fez paguem pelo mal que fizeram.  


É SEMPRE VÁLIDO RESSALTAR, ISSO É CRIME: 

A injúria racial está tipificada no artigo 140, § 3º do Código Penal Brasileiro e consiste em ofender a honra de alguém com a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. 

#FechadoComaJustiça

  

Não brinque com o Bahia!

O título desse texto remete ao fim do Bahia 1-0 Fast, pela Série C 2007 (amarra o mal). Na Rádio Sociedade, Tony Carneiro soltou essa grande frase ao fim do jogo. E é sempre assim: Ninguém acredita, todo mundo desdenha e acha que o Bahia vai tomar uma saravada, mas o sacana vai lá e dá aquela brocadinha. Foi desse jeito mais uma vez e o Bahia brocou o Inter por 2-0 fora de casa.

Acredite, o Bahia existe.

Não vou falar da façanha de ontem no Beira-Rio, deixo meus colegas à vontade para falar disso. Estava aqui lembrando de alguns jogos que surpreenderam muito o torcedor do Bahia. Irei listar 5 jogos da nossa história recente, se lembrar de mais algum, manda para o nosso Twitter: @vareiofut.

Corinthians 0 - 1 Bahia - Série B 2008

Elias, falha de Felipe, trave, pé torto alvinegro, Darci, Padovani e Luciano Totó tiraram a invencibilidade do Corinthians em pleno Pacaembu.


Sport 1 - 2 Bahia - Série B 2010

Sem 7 titulares e a Ilha do Retiro cheia. Tudo certo pra dar errado né?


Bahia 4 - 3 São Paulo - Série A 2011

Os gols do jogo você pode ver aqui, mas o vídeo abaixo mostra como o Bahia surpreende. O Bahia tava praticamente derrotado, mas os "Deuses Tricolores" deram uma forcinha.


Santos 1 - 3 Bahia - Série A 2012

O Bahia mandou um foda-se para Neymar, Ganso e Cia.


Cruzeiro 1 - 2 Bahia - Série A 2013

Festa do título cruzeirense e o Bahia na velha luta pra não cair. Talisca nos salvou.


Que esses vídeos motivem o Bahia a surpreender mais vezes nesse ano, porque é muito bom!

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Depressão

O futebol que tem sido apresentado por nossas equipes no campeonato Brasileiro anda tão pobre e tão estressante pra nós torcedores, que hoje me peguei num momento de depressão pensando sobre o que falar, tentando encontrar um assunto diferente pra tratar aqui, mas tudo que me vem na cabeça é esse novo mal social que tem assolado nossa geração.

Bahia e Vitória andam numa maré tão igual que os dois estão na zona de rebaixamento, com 1 ponto de diferença e interligados pelos erros de duas diretorias que assumiram o clube com o compromisso de dar a seus clubes um novo jeito de se portar dentro e fora de campo, mas o que tem acontecido não tem sido muito diferente dos últimos anos(apesar do excelente 5º lugar que o rubro negro baiano alcançou no ano passado.)

Os públicos dos jogos de ambos os times comprovam o que eu tenho dito, os torcedores deixaram o time de lado, e tem passado a se preocupar mais com outras coisas. Sabemos que isso está errado, o ideal pra qualquer time que se encontra nessa situação é justamente "fechar" com a torcida e vice-versa, vide o Flamengo que conseguiu uma boa arrancada nos últimos jogos, e sua torcida tem feito uma festa linda dentro do Maracanã durante esses jogos. Mas ai o torcedor se pergunta porque pagaria caro num ingresso pra ver um futebol pobre, pra ver seu time entrar em campo e passar vergonha como tem acontecido; e partir desse pensamento é que entra o fator "depressão"; afinal como será que se sente o torcedor do Bahia nessa situação de abandono, já que se acostumou a sempre(ou quase sempre) frequentar o estádio ? E o torcedor do Vitória que no ano passado chegou a brigar por libertadores e conseguiu encher o estádio durante esses jogos ? Infelizmente não vejo como o torcedor poderá se reaproximar de seus clubes, a não ser que eles passem a se portar como devem se portar dentro de campo, caso contrário a situação dificilmente vai ser contornada. Que o exemplo do Flamengo sirva de inspiração pros clubes, principalmente no valor do ingresso, que foi um dos fatores pra reaproximação de clube/torcida.

sábado, 23 de agosto de 2014

Nada novo de novo

O que pode mudar na sua vida em 3 meses? Para o Vitória e Ney Franco, nada. O técnico, que sem o clube fez um trabalho pífio no Flamengo, sendo demitido depois de nenhuma vitória em sete jogos, reencontra o clube, que sem o técnico só conseguiu duas vitórias em 12 jogos e entrou na zona de rebaixamento. Diante de tanto fracasso nesse curto período, é possível dizer que Ney Franco e o Vitória se merecem. Os dois caminharam mal sem um ao outro. E agora estão juntos novamente para tentar evitar o pior.

E se "pior que ta não fica", Ney tem obrigação de melhorar o trabalho do limitado Jorginho, que ainda não tem nível para treinar um clube de Série A. Tão claro quanto a incapacidade de Jorginho é a falta de planejamento da diretória do Vitória. Erraram ao escolher Jorginho como substituto e agora dão uma prova de quanto estão perdidos trazendo Ney Franco de volta. O time vinha desgastado e não conseguiu convencer em nenhum momento de 2014 com Ney no comando. Era hora de tentar algo novo, como Enderson Moreira, mas a diretória preferiu se apoiar no treinador que deu certo no ano passado. Porém o ambiente que ele encontrará no Vitória é outro, e Ney vai ter que provar que consegue trabalhar sob a pressão de tirar o clube da zona de rebaixamento. 

Enfim, o nome de Ney Franco não é o pior possível, ele conhece de perto boa parte do elenco e é capaz de impor o mínimo de padrão tático na equipe, algo que Jorginho não conseguiu. O problema é cortar relações com um profissional que preferiu se “aventurar” no Flamengo e depois contratá-lo de volta. Atitude que beira o amadorismo.

O ano que começou com ótimas perspectivas para a torcida do Vitória, depois do excelente 2013, vai terminando na triste realidade de fugir do rebaixamento. O técnico e o clube, mais do que nunca, precisam um do outro.

Ps¹ Ney Franco treinando o Vitória nunca venceu o Bahia. Mas vou ou fingir que não lembro disso até o BAVI do mês que vem.

Ps² Escudero volta aos gramados neste domingo contra o Figueirense. Não tem nada a ver com o texto, mas dane-se, O ESCUDERO VAI VOLTAR.  

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Menos novela, mais futebol!



Esse vídeo acima é só para ilustrar, também para mostrar como é boa essa Cléo Pires. Vamos ao que interessa agora?

Depois de muito tempo, hoje tivemos o último capítulo da novela Romagnoli. O Esporte Clube Bahia publicou uma nota no site oficial finalizando o assunto. O cara vai voltar pro San Lorenzo e deixou um vídeo para tapear os bobos. Mais uma vez, o ferro sobra pro torcedor.

Tivemos a novela com Sebastian Pinto, com o técnico e hoje se encerra mais uma. Será que não já chega? A torcida cansou e tanta decepção já está se refletindo na arquibancada. Ontem, com a grande expectativa formada em torno do Bahia, só tivemos 10 mil pessoas na Arena Fonte Nova. Tá na hora de mostrar futebol, fazer valer o esforço que todos os tricolores fazem para apoiar o clube, são meses de espera e essas trapalhadas podem ser fatais lá na frente.

As grandes novelas mexicanas e as novelas da Rede Globo já foram muito apreciadas, com audiências históricas. Hoje, a audiência foi para a vala e não se tem a importância que era dada. Como o Bahia não cansa, a próxima novela deve ser a das eleições tricolores. Essa turma que adora uma encrenca vai aprontar muita confusão nas urnas. É só esperar pra ver.

Imagem: TV Foco. 





Noite Fria


Depois de um tempinho sem frequentar a Fonte Nova, voltei ontem no jogo com o Criciúma. Tava com saudade daquele ambiente, de estar com os amigos pra ver um jogo, e principalmente saudade de ver o Bahia em campo. Mas aí é que entra um grande problema: o Bahia; Nós torcedores temos essa coisa de amar o time incondicionalmente, é algo parecido ou pior que masoquismo.

 Depois de 16 rodadas, O Bahia está em 18º lugar na tabela, com apenas 15 pontos; Tudo bem que a tabela na parte de baixo tá bastante embolada, e que o time de fato vem melhorando em alguns quesitos no campeonato, mas jogo dentro de casa é pra o time entrar pra frente, sufocando o adversário, aproveitando as oportunidades, e impondo seu ritmo de jogo. O que se viu ontem mais uma vez foi um time apático, que criou pouco e que não soube aproveitar o pouco que criou. A luz vermelha tem que estar acesa já, pois já estamos na metade do campeonato praticamente e o time continua nesse marasmo. A Saída de Talisca ainda nos causa dores de cabeça, pois não temos no elenco um jogador com o mesmo talento ou com a mesma personalidade que ele tem, e com o problema que se tornou o "Caso Romagnoli", a situação tá ficando mais trágica do que se pintava. 



Foto: Max Haack/ Agência Haack/ Bahia Notícias


Quanto a torcida, durante a semana e também abracei a "campanha" nas redes sociais e no Hangout do "Painel Tricolor", pedindo pra que a torcida comparecesse, mas ontem eu percebi uma coisa que não tinha caído a ficha ainda: Não adianta fazer campanha, baixar preço de ingresso, jogador e treinador pedir pra torcida comparecer, porque enquanto o time continuar apresentando esse futebol pobre, jogando atrás dentro de casa contra o Criciúma(Com todo respeito ao time catarinense), a torcida não vai comparecer. Enquanto jogadores como Léo Gago continuarem perdidos dentro de campo só fazendo número, Uéliton muito acima do peso fazendo uma partida daquelas que não dá pra se destacar nada, o torcedor que comparecer ao estádio só vai lá pra sentir raiva e dor de cabeça. 

Fica a dica

Após mais de um mês longe da Fonte, voltei ao estádio na noite da última quarta (20), para assistir ao jogo contra o Criciúma. Como é de praxe, me sentei no mesmo lugar de sempre, porque além de ser próximo ao bar, me dá uma visão de quina, que eu prefiro, pra analisar o jogo.

Cheguei cedo aos arredores da Fonte e fiquei muito feliz ao ver o estádio iluminado nas cores do Bahia. Encontrar meus amigos pra umas cervejas embaixo do viaduto foi motivo de mais felicidade.

A decepção viria ao fim da noite, mas não vou escrever sobre ela. Ontem reparei em uma coisa, compartilhei com alguns amigos e vim aqui pra escrever pra mais gente.

Que o Bahia joga com três volantes todo mundo tá cansado de saber, faz muito tempo. Que todo técnico que chega no Tricolor mantem os três, também não é novidade alguma. Mas o que é mais velho é a torcida cansada de ver o time jogar desse jeito.

Durante a partida de ontem, reparei na movimentação de Rafael Miranda e na falta que Manu Biancucchi fez no meio de campo. A constatação foi óbvia: Manu de terceiro volante.

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia


O cara (Manu) é rápido, voluntarioso, dedicado e determinado. Já que é pra cercar e pressionar o adversário entre as intermediárias, sem uma necessidade tão grande de ser tão agudo na marcação, já que temos mais dois volantes, por que não testar o cara na posição?

O que custa treinar com um cara rápido, habilidoso e com um ótimo passe nessa posição? Hélder fazia a mesma coisa, não era rápido e adorava inventar jogadas absurdas.

Acho Manu um dos melhores jogadores do elenco do Bahia, principalmente por sua dedicação. Acredito que ele tenha disciplina tática suficiente para fazer a função. Fica a dica!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Diário de viagem - São Paulo

Viajar é bom, viajar pra ver o futebol é muito melhor. Nesse fim de semana, tive a felicidade de ir até SP e ver três partidas, entre elas, a do Esquadrão contra o Corinthians. Nesse post, contarei as experiências que passei na Arena Corinthians, na Rua Javari e no Pacaembu.

Arena Corinthians - Visitante sofre





A nova casa dos corintianos fica muito distante do centro, mas o acesso é facilitado com o metrô. Quem sofre mesmo é a torcida visitante, que além de ter que tomar cuidados com a violência, sofre para pegar seu ingresso. Para a torcida do Bahia, as vendas só se iniciaram às 19h do sábado (duas horas antes do jogo).

Cheguei nas redondezas às 19:30. Junto a mim e a uns 800 tricolores (entre eles meu amigo Icaro e o meu primo Chico) , 30000 corintianos não tiveram problemas para entrar (só vence a Arena Fonte Nova nesse quesito). A beleza do estádio por fora não bate com o que se vê por dentro. No Itaquerão, ainda existem problemas com as instalações e obras a serem concluídas. Com uma chuva relativamente fraca, tudo ficou alagado.

O JOGO

Vi um Bahia dedicado em campo, aplicado na marcação e dando algumas investidas, mas só dedicação não adianta nesse campeonato. O time precisa melhorar a questão do posicionamento na defesa. No gol do Corinthians em numa falha tripla, isso pesou, e poderia pesar mais ainda se não fossem as falhas do time paulista no ataque. Impressiona também como o Bahia não consegue finalizar. Mais uma vez, somente DUAS finalizações certas, assim não dá pra vencer.

Vi também uma equipe que procurou se ajudar. A todo momento, Demerson orientava o promissor Railan nas subidas ao ataque. Rafael Miranda vem mantendo a regularidade e foi bem na marcação, correu por Fahel e Léo Gago. Kieza fazendo o seu trabalho, metendo gol. Com Kleina e Charles, creio que o Bahia consiga melhorar e sair dessa situação.

No geral, uma coisa é certa. O empate em 1-1 não vale uma renda de R$ 2.096.556,50 nem aqui, nem na China.

Rua Javari - A tradição é aqui




Seja sincero: Você acordaria às 10h de um domingo para ver o seu time do coração? No tradicional bairro da Mooca, muitos responderiam que sim. Mais de 1000 torcedores compareceram a Rua Javari para ver o empate de 1-1 entre Juventus e Grêmio Osasco (jogo que foi uma verdadeira briga de foice no escuro). Esse contingente supera alguns públicos da série B.

Na Javari, percebi que a torcida é uma grande família. Eles reúnem e mostram o seu sentimento, não importa o horário. Todo mundo faz fila pra comer o Cannoli e todo mundo pressiona o adversário. O saudosismo impera entre os mais velhos e a esperança dos jovens é que o Moleque Travesso volte a aprontar das suas. De destaque, só a torcida, o futebol não dá pra comentar.

Pacaembu - Passado e presente unidos num grande estádio




O Pacaembu é show! Lá, conheci o Museu do Futebol, que resume a enorme história do futebol Brasileiro. Com histórias, dados, vídeos, fotos e as mais simples e difíceis explicações, o Museu é uma maravilha para o fã de futebol. Recomendo.

Também fui no Pacaembu ver Palmeiras x São Paulo, o Choque Rei. Cheguei um pouco atrasado, mas de longe já dava pra ouvir a torcida do Palmeiras cantando muito. Ao entrar no setor do tobogã, fiquei impressionado com a participação das duas torcidas no jogo, coisa que é difícil de se ver por aqui.

A torcida do Palmeiras não aguenta mais Valdívia. Só pra variar, ele se lesionou mais uma vez. Os palmeirenses também já começam a questionar Ricardo Gareca, que ainda não venceu no Brasileirão. No final, deu São Paulo e com gol de Alan Kardec, ex-palmeirense. Os torcedores do São Paulo não perdoaram. E a torcida do Palmeiras ficou p... da vida. 1-2 no placar.

Fica aí o meu relato.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O dever de casa e o 5 contra 1

E o primeiro turno do Campeonato Brasileiro da série A vai chegando ao fim. Com brigas pelo título e pela fuga do rebaixamento, o Brasileirão tem como cenário momentâneo equipes com pontuações parecidas. A diferença entre o último colocado e o 11º na tabela é de sete pontos. Da 10º posição para o líder é de dez pontos. Em 2013, na mesma 14ª rodada, esses números eram invertidos. Enquanto a diferença entre o líder e o 10º era de sete pontos, a distância entre o 11º e o lanterna era de dez pontos.


Nesse contexto, no brasileiro da série A de 2014, o Vitória ocupa a 15º colocação. O Rubro-Negro está a um ponto da zona de rebaixamento e pode, nesse final de primeiro turno, estabelecer uma seqüência de vitórias. Esses triunfos podem ser importantes para o Leão respirar na luta contra a segunda divisão e levantar a moral para a disputa do segundo turno do campeonato.


Faltando cinco jogos para o fim do primeiro turno, o Vitória tem no Manoel Barradas a sua principal vantagem. O leão recebe em seus domínios três concorrentes na luta contra o rebaixamento. Chapecoense (17/08), Figueirense (24/08) e o Flamengo (31/08). Fora de Salvador, o Rubro-Negro tem compromissos complicados. Enfrenta o também candidato a rebaixamento Coritiba (20/08), no Couto Pereira e fecha o primeiro turno contra o Santos (06/09), no Pacaembu.


Em 15 pontos a disputar, o Vitória necessita vencer os jogos em casa para alcançar a metade dos 46 pontos, meta estabelecida para se livrar da zona maldita no fim do campeonato. Vencer os jogos como mandante não impede também que o Leão belisque alguns pontos fora de casa. Principalmente no confronto contra o Coritiba, concorrente direto na luta contra o rebaixamento. É hora de fazer o dever de casa!  

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Lá vem o Alemão...

Alemão literalmente "pagou o pato" contra o São Paulo.

O título é sugestivo. Mas não recriminem apenas um jogador. A falha de ontem (10/08) é um sinal de que o plano para a zaga desenvolvido pela diretoria não deu certo. A falha de ontem é um reflexo de decisões equivocadas tomadas no final de 2013 e ao longo do ano de 2014.

O erro de Alemão no jogo entre Vitória e São Paulo começou em dezembro de 2013. Após uma bela campanha, o rubro-negro perdeu sua dupla de zaga titular e os seus reservas. Uma coisa normal para o futebol brasileiro. Os jogadores não conseguem esquentar os seus lugares nas equipes que defendem.

O erro de Alemão poderia ser evitado neste ponto. Contratações pontuais e de qualidade resolveriam o problema defensivo do Leão. Não foi o que aconteceu. O Vitória mesclou a base com jogadores experientes e contestados (desconhecidos). A improvisação também esteve presente. Por falta de zagueiros, volantes foram improvisados no miolo de zaga.

Rodrigo Defendi: De encostado no Botafogo a odiado no Vitória

Nomes como Defendi, Dão e Ferrari foram contratados no inicio de 2014 para suprir a carência na defesa do leão. Como resultado, os garotos da base não seguraram a barra e os experientes contratados acabaram confirmando a fama de contestados. O Vitória foi eliminado da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e perdeu o título estadual para o Bahia.

Para o Campeonato Brasileiro, jogadores foram dispensados. Defendi, Ferrari e Lucas Zen (um dos volantes improvisados) deixaram o clube. Dão e Luiz Gustavo (meio zagueiro, meio volante) ficaram no clube, mas dificilmente são aproveitados. Os garotos da base ganharam o mesmo destino. Perderam e espaço e desapareceram das listas de relacionados.

Para restaurar o setor, o Vitória tentou desfazer o que fez no final do ultimo ano. Primeiro contratou um zagueiro que fez um bom Campeonato Paulista pelo Oeste. Alemão desembarcou no Barradão com pinta de “xerifão”. Os nomes de Kadu e Victor Ramos chegaram com força à toca do leão. O primeiro foi contratado. Já o segundo, entre muitas idas e vindas e negociações com o Bahia, acabou voltando para o México.

Alemão: Pegar o dinheiro, o escort e levantar a cabeça!

E assim o Vitória entrou no brasileirão. Com Kadu e Alemão como zagueiros titulares e Dão, Salustiano e Luiz Gustavo como opções na reserva. Nos últimos dias, o zagueiro Roger Carvalho, ex-São Paulo, também chegou ao Barradão. 

Nem tanto, nem tão pouco. Nem a zaga do ano passado era insubstituível nem todos que estão aqui no momento são incompetentes para vestir a camisa rubro-negra. A falta de planejamento para manter os titulares de 2013, culminou para as apostas em jogadores contestados e momentaneamente desconhecidos. Verdadeiras apostas para titularidade.

Após os fracassos do primeiro semestre, os métodos continuam sendo implantados. A exceção de Kadu, já conhecido após uma boa temporada em 2013, os nomes de Alemão e Roger Carvalho podem assustar ao torcedor. O primeiro estava presente na pífia campanha do Náutico antes de assinar com o oeste e acumula, neste inicio de brasileirão, falhas e gols contra. O segundo, chega desconhecido após voltar do futebol italiano e passar (somente passar) pelo São Paulo. Caso muito parecido com o fatídico e “finado” Defendi.

Claro que o sistema de defesa é composto também por outros jogadores. O problema é que erros primários e cada vez mais constantes são repetidos, causando o insucesso e aumentando a desconfiança do torcedor. Erros que começaram em dezembro de 2013. As tentativas de ajustes já acabaram. Metade do ano ficou pra trás. Já passou da hora de arrumar novamente a cozinha do Leão.

   

 


    

domingo, 10 de agosto de 2014

Apego

O Bahia venceu o Goiás. Melhora a cada jogo que passa e mostra que ainda é tempo da torcida tricolor ser feliz. Um time que ainda não convence e que precisa de tempo para melhorar em alguns aspectos, mas o Campeonato Brasileiro é cruel e não dá espaço para erros, por isso, é preciso VENCER DE QUALQUER JEITO!

Fahel voltou ao time, querido por todos que chegam ao Fazendão, sua titularidade é baseada em sua história e por ser um cara de grupo. Ele é conhecido por ser um homem de Deus, mas acho que ele tem um trabalho muito forte num terreiro. Mesmo contestado, marcou o golzinho que garantiu a vitória. Estamos reféns da ruindade dele, mas quem liga? "DEUS É FAHEL".

O grupo ontem foi aguerrido, sofreu, mas chegou lá. Eles se apegam a Charles, que a cada palavra que dá, enche o grupo de confiança, jogador de futebol gosta disso. Tudo se encaminha para a efetivação do Anjo 45, que já é pedido pelos torcedores nas redondezas da Arena Fonte Nova.  

Quem mais se apega a forças fora das quatro linhas é o torcedor, que sofre com a situação. Ontem, vi várias manifestações de fé. Era reza, era mão pro alto e tinha torcedor que até na camisa pedia a Deus por um Bahia melhor.




O Bahia ainda está na zona da degola, por isso, caprichem nas rezas, trabalhos e acendam suas velas. Hoje o dia é ótimo para ligar o secador.

Flamengo x Sport
Chapecoense x Figueirense
São Paulo x Vitória
Atlético - MG x Palmeiras
Atlético - PR x Botafogo

A fé também pertence ao futebol. Foto: Nelson Barros Neto.








quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Lição da Libertadores

Não é novidade para os amantes do futebol o abismo que separa economicamente os clubes brasileiros dos demais clubes sul-americanos. A realidade tende a ser cruel e da mesma forma que temos condições de arrancar as jovens promessas de nossos vizinhos, os europeus e asiáticos têm esse mesmo poder em relação a nós. Aí eu me pergunto: será que esse poder econômico faz tanta diferença?

San Lorenzo na Libertadores 2014


Obviamente que num campeonato de pontos corridos, onde o bom planejamento é essencial para se conquistar o título, o poder econômico de um clube geralmente indica como será sua trajetória, mas num torneio de mata-mata afirmo com convicção que todo clube precisa de uma pitada de sorte e garra. Para comprovar minha tese, gostaria de exemplificar com um dos finalistas da Libertadores: San Lorenzo. O time de Almagro, que tem baixo orçamento para salário e paga algo em torno de 80 mil reais para Ignácio Piatti, jogador mais caro do clube, que recebe o equivalente a 20% do salário de Dedé, se tornou o algoz brasileiro na competição batendo o Botafogo na primeira fase, eliminando o Grêmio (disputa por pênaltis) e o Cruzeiro (empate no Mineirão), mostrando que o futebol não é uma ciência exata. Os argentinos, que fizeram apenas a 15º pior campanha dentre os times que ficaram em segundo colocado no seu grupo, foram crescendo na competição e derrubaram todos os prognósticos, avançando graças ao suor e garra dos seus atletas e o apoio dos seus torcedores, que fazem belíssimas festas no Nuevo Gasómetro. Lá, o time do Papa venceu 5 dos 6 jogos e traça o seu caminho ao título, dando uma aula aos times brasileiros nessa Libertadores.


Essas derrotas são verdadeiros avisos aos dirigentes brasileiros de que dinheiro não é tudo no meio futebolístico. Essa lição vale desde aos preços de ingressos praticados no nosso país até a montagem dos elencos, provando que nem sempre os jogadores mais caros são os que trazem os melhores resultados. Por fim, vale ressaltar que a eliminação desses clubes pôs fim a escrita de 23 anos com clubes brasileiros na semi-final, pondo em xeque a hegemonia dos nossos clubes na América do Sul e, sobretudo, nos mostra que dinheiro não é tudo no meio do futebol.

Cada um tem o craque que merece

* Volta de Nilmar ao Corinthians ainda não é certa.

Este ano vem sendo marcado pelos grandes retornos dos craques para clubes por onde passaram e fizeram história. No Santos, Robinho foi campeão brasileiro. No Corinthians, Nilmar foi campeão brasileiro. Revelar Kaká para o mundo é um grande título para o São Paulo. No Bahia, William Barbio participou da campanha de 2013, onde o clube ficou no 12º lugar.

A imagem vale mais do que 35163513168 caracteres que eu digitar por aqui e reflete o fraco trabalho de um Depto. de Futebol que promete, demora, promete, demora e nada. Foi assim com o 9, com o 10 e com o técnico agora. Óbvio que o Bahia não tem bala para repatriar um Daniel Alves, mas fica a reflexão e a preocupação. Talvez Diego Macedo esteja certo.
                                                                   

Quem fala o que quer, ouve o que não quer

Os jogadores com personalidade sempre foram os meus favoritos.Desde que vi Dadá Maravilha na TV fiquei encantado, o cara é um gênio. Declarações com as de Lucas, do PSG, me deixam triste, acho o cara um puta jogador, mas falar de modo politicamente correto é meio chato.

Mesmo sendo torcedor do Bahia, adoro Neto Baiano, o cara é espetacular. Além de fazer gol de tudo quanto é jeito é autêntico, provoca os rivais, consegue vender um clássico, lhe faz querer ganhar o jogo, só pra saber o que ele irá falar em sua defesa.

Após jogo de ida contra o Corinthians, Diego Macedo comentou sobre o pênalti marcado para o time da casa, nos minutos finais. "O futebol tá acabando por causa dessa merda aí!", esbravejou, contra a arbitragem. Eu, fã que sou desse tipo de declaração, aplaudi.


Minha vó sempre me dizia, quem fala o que quer, ouve o que não quer. Amigo, se você é autêntico, polêmico, tem personalidade, arque com as consequências das suas declarações. O lateral, novamente soltou o verbo, dessa vez sobre o Bahia. "Isso aqui tá uma merda!", declarou o jogador, ao saber que não seria relacionado para o jogo de hoje, contra o Corinthians.

Ele tem todo o direito de expor sua insatisfação, inclusive, achei, mais uma vez, a declaração genial. O que ele não pode é dizer que foi invenção dos jornalistas. Falou e será dispensado, porque o Bahia também exerceu seu direito, respondeu como devia ser respondido.

domingo, 3 de agosto de 2014

Ninguém me chamou na conversa, MAAAAAAS...

Assistindo ao jogo do Tricolor pela transmissão da Rede Bahia, uma pergunta de um telespectador me chamou a atenção, o rapaz perguntou ao comentarista Darino Sena - que deixo bem claro: não é meu parente, apesar do sobrenome - se seria interessante a efetivação do treinador Charles Fabian no comando do time.

Darino Sena, comentarista e torcedor


A resposta do comentarista e torcedor Tricolor foi precisa, apesar de ter se preparado para ser treinador, o momento não é esse, o Bahia precisa de alguém que dê resultado e efetivar Charles seria muito arriscado.

Ninguém me chamou na conversa, mas... se a pergunta fosse direcionada a mim, no entanto, responderia de outro modo. Diria que não, porque treinador medroso já chega. Não é possível que ele não tenha visto que o Bahia poderia ter ganhado o jogo.

Dos 45 aos 94 minutos de jogo, Uelinton só tocou na bola pra acabar com as jogadas de ataque do Bahia, poucas vezes eu vi o time ser tão superior a um adversário nesse campeonato e Charles foi incapaz de tentar ganhar o jogo.

Era evidente que tava sobrando volantes no time. Não posso afirmar com certeza, porque futebol é jogado, mas fica claro que se o Bahia tem Manu ou Branquinho no lugar de Uelinton conseguiria criar mais chances de gol.

Não há demérito em se defender no futebol, essa onda de anti-futebol é coisa de haole, quando seu adversário é superior, é preciso entender que não dá pra se abrir. Mas seguir com a proposta de se defender, mesmo quando se está melhor na partida é um absurdo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Torcer


Quando ouvi um conhecido dizendo algo que está cada vez mais comum entre os amantes de futebol no Brasil, principalmente os jovens, parei pra refletir. A frase foi: "Eu torço pro Chelsea".

Errado. Você não torce pelo Chelsea. Você é tiete do Chelsea. Assim, como muitos brasileiros, que são tietes de outros times europeus.

Cada vez mais aumentam o número de "torcedores" de clubes da Europa no Brasil, mas é preciso ir com calma. O que é torcer? Claro que não é só assistir jogo do time na ESPN ou curtir a página da equipe no Facebook, comemorando cada contratação anunciada.

Torcer é girar a catraca para dar apoio ao time, cara. Voltar pra casa revoltado depois de uma derrota, pensar em largar tudo, porém repetir o mesmo processo na semana seguinte. Torcer é conhecer a história do time por vivenciá-la, não por lê-la na Wikipedia ou ouvi-la na TV. Torcer, como amar, não se explica e nem se escolhe.

Como não se escolhe, acho legal você se identificar por um time que não é da sua "terra", faz parte de quem gosta de futebol se interessar e pesquisar sobre alguns clubes e criar admiração. Por isso não tenho nada contra quem por qualquer motivo que seja se identificou por algum clube fora do seu estado, ou país, e passou acompanhá-lo, admirá-lo. 

Mas, até esses, por mais aficionados que sejam por tal clube, nunca saberão e nunca serão tão privilegiados quanto os que torcem para o mesmo o clube e vão para o estádio. Esses sim torcem na forma plena.

O erro está em confundir simpatizar com torcer. Ter uma identificação visceral com o clube é diferente de se achar torcedor porque ele ganhou títulos recentes ou porque ele pratica marketing para conquistar fãs de momento.

Então, amos valorizar os verdadeiros torcedores de qualquer clube que seja. Podem ser poucos, mas todo time possui.