segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Muito clichê e muito amor

Lá vamos nós, o primeiro clichê desse texto: "Dois a zero é um resultado perigoso..." O Bahia abriu dois gols de vantagem, chamou o Flamengo, sofreu um gol e fez a torcida sofrer até o fim.

Segundo clichês: "Atacante vive de gols..." Henrique fez uma bela partida, mas perdeu um gol de cara e furou uma bola, na frente do gol, em momentos cruciais da partida, maaaas...

VÃO DE FOD*R, vim aqui falar da minha nova paixão. Sabe quando você conhece aquela menina, que não é uma top model, não lhe arrebata de primeira, mas que aos poucos, com seu jeito de ser, vai lhe conquistando?

Essa "menina" é Emanuel Biancucchi. Apesar da imensa vontade da torcida de gostar dele, desde o campeonato baiano, ele não nos convenceu de cara, mas, de entrada em entrada, foi mostrando que dava pra ser o novo queridinho da Nação Tricolor.

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

O terceiro e último clichê (que serão dois em um): "O primo do Messi, o irmão do Maxi..." Maxi já passou a ser o irmão de Manu, porque gol era o que faltava pra ele cair de vez nas graças da torcida. Messi ainda não é o primo do Manu, e isso não deve acontecer (apenas no meu coração), mas se não temos mais Talisca, tá na hora de se entregar a esse novo romance e dar moral pro cara.

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

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ps¹ - Os amigos que assistiram ao jogo próximom a mim são testemunhas de que eu "cantei a pedra" do gol de Manu.

ps² - Beijo pra Arizinha, que sempre soube que meu coração balançava pelo hermano.

ps³ - Usei menina, mas sinta-se à vontade, amigo(a) leitor(a), para usar outro gênero como exemplo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O Bahia precisa de você!

Sei que nem preciso convocar, mas é bom ressaltar. Mais que nunca, o Bahia vai precisar do torcedor nesse momento. A Arena entendeu e deu uma reduzida, os tricolores ainda ressabiados com o Ba-Vi até que foram. Mais de 13 mil pessoas ajudaram o Bahia a vencer o Sport na raça, com a jogada do querido William Barbio e o gol simbólico de Railan, menino da base e torcedor do Bahia.

VÁ PRA CANCHA, PANGARÉ!!!!


Dessa vez, quem tem que marcar o primeiro gol contra o Flamengo é a torcida. Horário bom, preço reduzido e clima bom. NÃO TEM DESCULPA! falta futebol, é verdade, mas nessa hora não se pode abandonar. É por pressão no Urubu Miserávi, apoiar o jogo todo e tirar o Bahia da "confusão".

Espero ver a Fonte lotada, com aquela boa energia. É mais gostoso ver futebol assim.

Ainda tá na dúvida? vê esses vídeos e se empolga!







terça-feira, 23 de setembro de 2014

Você foi embora, levou minha paz

O Ba-Vi do domingo não foi bom para o Bahia, pela derrota, obviamente, mas, principalmente pelo péssimo futebol apresentado, mas não estou aqui pra falar só desse jogo. Dá um play na música de Tayrone Cigano (monstro sagrado do arrocha) e acompanhe comigo.


A cada vez que Manu Biancucchi (que eu gosto muito, diga-se de passagem) tem medo de ser agudo e toca a bola pro lado, eu me pergunto se tinha que ser agora.

Foto: Edson Ruiz

Aí a opção do banco é Marcos Aurélio, que com dois jogadores a mais, contra o Botafogo, queria chutar a bola de fora da área, além de não conseguir armar um contra-ataque. Eu me pergunto o porquê de você ter ido embora.

Foto: EC Bahia

Puxo pela memória e o último gol de falta do Esquadrão foi você quem fez, faz uns quatro meses. Eu tenho que ficar vendo Léo Gago chutar field goal.

Foto: Reprodução
Seja feliz, conquiste o mundo, o céu é o limite para o 'Anjo negro de cabelos de algodão doce'. Mas, quando der, volte, a porta estará sempre aberta e parece que sua vaga no meio do campo também.

Foto: João Relvas/LUSA

Qual que é, Canindé?

*Por Elton Ponce

O torcedor do Santa Cruz deve ter amanhecido nesta terça-feira se perguntando: "qual que é, Canindé?" É que a estreia do novo comandante coral, diante do Oeste de São Paulo, às 21h50, no Colosso, ainda é uma incógnita, assim como todo o resto do trabalho. 

Não que o treinador não tenha competência. Já mostrou seu handicap em outros clubes do Nordeste de menor expressão. E é por isso que a dúvida paira no ar . Primeiro porque o elenco do Santa Cruz tem uma série de limitações técnicas; segundo por conta da desorganização administrativa do clube, que está com salários atrasados e, por fim, justamente por conta da pressão exercida pela torcida de um clube grande, experiência que o novo treinador jamais passou na carreira.
Foto: Assessoria de imprensa/Santa Cruz.

O fato é que será preciso dar uma sacudidela no elenco mas, principalmente, parar de insistir em peças que não estão dando certo desde o início da competição. A teimosia de Sérgio Guedes com Éverton Sena, Éverton Hora e Keno irritava o torcedor, que se sentia uma espécie de "estúpido de carteirinha", pois via que os jogadores não rendiam mas eram escalados. 

Seja ela qual for, o tricolor quer mudança. Ao menos um time com mais pegada e um pouco mais compactado na defesa, arrumado taticamente, coisa que Guedes não conseguiu em cinco meses de trabalho. E Canindé provou que é possível fazê-lo. Basta dar uma olhada nos times que comandou no Campinense e CSA. 

Se conseguir um pouco de equilíbrio defensivo e enxertar peças como Thiago Costa, Cassiano e Renato Silva, o ganho de um pouco mais de qualidade deve ser suficiente para escapar da degola e de mais um ano pavoroso na terceira divisão. Ah, você esperava que eu falasse algo de acesso? É melhor esquecer essas vãs ilusões... A diretoria do Santa Cruz não se preparou para isso.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Há sempre algo bom no BA-VI

O Ba-Vi é o maior clássico do Nordeste e, provavelmente, o clássico mais legal do Brasil. Isso porque, não importa a colocação que Bahia e Vitória estão na tabela, vale a pena fazer parte dessa partida.

Há sempre um atrativo, não importa a falta de técnica dos times. Há sempre cores vibrantes vindas da arquibancada. Há sempre uma rivalidade muito sadia nas ruas. Há sempre as melhores gozações no dia seguinte. Há sempre vontade.

Poucos Ba-Vis terminaram em empate sem gols, talvez por isso, os palpites dos nossos blogueiros, inclusive os que não torcem para os times apostam em jogo com gols, confira abaixo a expectativa de cada um para o clássico e a partir de segunda vocês podem nos pedir os números da mega-sena.


Dinei VS Kieza. Quem levará a melhor?


(Hugo Araújo - Vitória) 

Primeiramente gostaria de agradecer ao espetacular técnico da Seleção Brasileira, Dunga, por não convocar Richarlyson (o Deus da Raça), William Henrique (o Pica-Pau ousado e alegre) e Telmário (“recordar é viver, Dinei fez quatro gols em você”) para os próximos amistosos do Brasil. Eu sei que ele gostaria de contar com esses formidáveis jogadores, mas o capitão do tetra foi brother e não irá desfalcar o Vitória na sua missão neste Campeonato Brasileiro: fugir da beira do caos. Valeu, Dunga.

Odeio clichês, mas Bavi é Bavi. Não tem pra onde correr. Ainda mais em um cenário onde os times estão separados por dois pontos na tabela. O equilíbrio é a tônica do confronto. Não consigo definir um favorito para a partida, só consigo imaginar um dos Bavis mais emocionantes dos últimos anos. Se falta técnica, vai sobrar vontade.

Além do famoso jogo de seis pontos (já disse que odeio clichê?), o vencedor do Bavi acordará na segunda-feira com uma moral renovada. No campeonato particular da dupla, uma vitória representa bastante. Não espere o jogo mais bem jogado mundo, mas espere uma bela batalha dentro da cancha.


Palpite: Vitória 1x0 Bahia, pois tenho informações seguras de que Ney Franco está tomando banho de folhas e pipoca desde o fim do jogo contra o Fluminense em busca da sua primeira vitória em Bavis. Chegou a hora dessa zica sair. 

Imagem meramente ilustrativa 


(Pedro Ivo Sena - Bahia)

Após os ótimos resultados do meio de semana, a expectativa é de um clássico bastante movimentado e pegado, dentro de campo. Espero que o Bahia pare com esse revesamento de lanterna. E que o Vitória também saia dessa situação incômoda (MENTIRA RS).

Assim está o Brasileirão

Uma fonte próxima revelou que Ney 'Fraco' já comprou dois tubos de KY para o domingo, pois sabe que a botada vai ser segura.

Palpite: Vitória 1 x 3 Bahia. O Tricolor abre dois a zero, toma um gol (pra encher a pequena torcida do time pequeno de esperanças) e depois dá o golpe de misericórdia. Após o jogo ouviremos depoimentos como esse, do nosso amigo Hugo Araújo:





(Ulisses Gama - Bahia)

Até ontem, parecia que veríamos um clássico de dois mortos na Série A, quem disse? A dupla venceu e pôs a pimenta que faltava pra domingo. No BA-VI, veremos um jogo aberto, com os dois times querendo vencer muito. De um lado, Kleina quer convencer com o seu time, do outro, Ney Franco quer deixar de ser mulher de malandro e finalmente ganhar do Esquadrão.

Veremos um verdadeiro VELHO OESTE na Arena Fonte Nova. Torço pra que a história de “um matar o outro” fique só na competição e que as torcidas briguem na garganta, cantando e apoiando os seus times em busca da reabilitação no Brasileirão.



Palpite: Vitória 2 x 2 Bahia. Apesar do clima de velho oeste, acho que o BA-VI ficará no empate. Vai ser mais uma daquelas partidas de tirar o fôlego, com com tricolor no final (a fênix de nome Maxi Biancucchi fará a proeza). Será que Ney Franco aguenta mais essa?



(João Tiago Figueiredo - Porto)

Pedir-me um palpite para o Vitória-Bahia é o mesmo, imagino, que se fosse eu a pedir a um baiano um palpite sobre um V. Guimarães-Sp. Braga, o dérbi do Minho, cá em Portugal. Difícil para mim. Estive, contudo, a analisar os plantéis e encontrei algumas surpresas.

Arena Fonte Nova. Antes do histórico Espanha-Holanda.

O Bahia tem no plantel dois jogadores que bem conheço. Lincoln, que jogou na Alemanha, e Rafael Miranda, que foi, durante alguns anos, um dos melhores do Marítimo de Portugal. Poderia ter chegado a um clube melhor da Liga portuguesa, pois deu provas para isso, mas o Marítimo não é um clube fácil de negociar e as oportunidades perderam-se.

Do Vitória conheço muito bem o Luís Aguiar, que teve anos fantásticos no Sp. Braga mas falhou a mudança para o Sporting por problemas físicos. Imagino que já não seja o mesmo jogador por isso mesmo.

Palpite: Vitória 1 x 2 Bahia. O Bahia vem de uma vitória importante e se ganhar entrega a lanterna de vez ao rival. Vou por aí, à confiança. Vitória do Bahia



(Iago Maia - Bahia)

O clássico é um campeonato à parte para qualquer torcedor de futebol, principalmente quando se tem a chance de afundar ainda mais o rival na tabela. Com bons resultados e mudanças de postura, o clássico de domingo tem tudo para ser movimentado dentro e fora do campo.



Arena Fonte Nova - Bahia 2 x 0 Vitória




Palpite: Vitória 1 x 2 Bahia. O Vitória deve iniciar o jogo dando ‘abafa’ nos 15 minutos inicias, marcando o gol logo na primeira etapa. Após o susto inicial, o Bahia deve tomar o controle das ações e consequentemente virar o jogo com dois gols de Maxi.

Obs: Aposto num público pagante entre 27 e 32 mil pessoas.



(Elton Ponce - Santa Cruz)

O maior clássico do NE vai ferver. Gostaria muito de estar em Salvador pra acompanhar. Mas daqui do Recife, observo um Vitória ligeiramente mais arrumado na peça ofensiva. O rubro-negro tem jogadores de frente que podem decidir, como o Dinei, ou apostar na correria do razoável William Henrique. 

Já o Bahia, apesar de não ser o mandante, conta com a vantagem de jogar na Fonte e de ter a participação mais efetiva de Maxi e Uelliton. Com uma defesa mais sólida, o tricolor deve aguardar mais o leão para sair nos contra ataques.

Palpite: Vitória 1 x 1 Bahia


Emoção in loco do BaVi. Infelizmente dessa vez não será pra mim.





(Brendon Hilario - Bahia)

Parafraseando o grande Galvão Bueno, "ganhar é bom, ganhar do Vitória-BA é muito melhor", num BaVi de campeonato Brasileiro, onde quem ganhar vai afundar ainda mais seu rival na zona então, vai ser lindo. Que me desculpem os amigos rubro negros, porque em semana de clássico, o espírito de guerra toma conta de mim, domingo é dia de chegar na Fonte de manhã e fazer o "esquenta" pro jogo com os amigos, como é de lei. E depois do jogo? Alguém vai ter que chorar, e garanto que não seremos nós! Já estou na espera dos aúdios de whatsapp de um amigo rubro negro que também escreve pra esse blog.

Palpite: Vitória 1 x 2 Bahia.
O jogo vai ser difícil, os dois times precisam vencer e respirar no campeonato, Maxi e Kieza vem jogando bem, vão dar trabalho. "Kleiner" entendeu que o time joga muito melhor quando joga pra frente, e esperamos que ele mantenha essa postura. O Vitória-BA vem de bom resultado, mas seu principal problema tá no banco, NEY FRACO ainda não venceu um BaVi. e vai continuar assim.

"corta Josa, pó pó pó pó pó" "Alguém para o Pará", "Corta Josa,  pó pó pó pó pó" "F**** Sodrake"
BBMP.





(Iago Ribeiro - Vitória)

Tá difícil? Chama o Bahia! Nada melhor para reerguer um time do que o seu maior rival. O clássico deste domingo tende a ser um dos mais importantes dos últimos anos. O empate prejudica os dois. Uma vitória significa reabilitação e ganho de confiança no certame de 2014.

Pelo campeonato brasileiro, o Bahia não ganha um confronto dentro da Fonte Nova desde o dia 14/08/14. Em 9 jogos, os jogadores de Itinga marcaram 4 gols e sofreram 7. Nada melhor para NEY FERGUSON tirar esse injusto ranço de não vencer o Bahia.

Reprodução: EC Jahia
Em conversa de bar, falei no inicio do campeonato que o elenco do Vitória é superior ao elenco do Bahia. Continuo com a mesma opinião. Se NEYAUM OUSADO E ALEGRE não inventar na escalação, podemos enterrar o rival. (Se não colocar Vinicius ou Edno de titular, a madeirada nas Sardinhas é certa)

No mais, GATITO resolve, RICHARLYSON é a melhor contratação do futebol baiano nos últimos meses, EscuDEUS pode voltar de contusão, se quiser falar de amor, fale com o MARCINHO, o Príncipe WILLIAM é ousadia e alegria e TELMITO, o Michael Kyle brasileiro, o desodorante roll'on da brocança, vai certamente deixar a sua marca. Menção honrosa para BELTRÁN, o chefe apache da zuera, que pode entrar e decidir.

Palpite: Vitória 2 x 0 Bahia
Os triunfos contra Internacional e Fluminense capacitam o Vitória para dominar este Bavi. O Bahia não deve vir para jogar no contra-ataque, já que o empate não interessa pra ninguém. Com mais raça do que técnica, o gramado da Fonte Nova pode ver um jogo disputado. Nesta altura do campeonato o desespero impera em na Toca e no Fazendão. O Vitória domina e vence o jogo com gols de Dinei Telmito e Marcinho, o Pequeno Marcos sem passatempo.

Marcelo Lombra chorando sangue após o bavi

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Talisca: meio fenómeno, meio incógnita

*Por João Tiago Figueiredo, jornalista português do Portal Maisfutebol e estreante no Vareio.



Está em Portugal há uns três meses e nesta altura ainda ninguém sabe muito bem o que pensar de Talisca. Provavelmente, apenas o treinador o Benfica, Jorge Jesus, terá certezas sobre o potencial deste brasileiro que começou como médio de transição, o chamado volante do Brasil, mas, logo no primeiro jogo oficial, atuou como segundo avançado. 

De início, é preciso realçar, Talisca não convenceu. Marcou um golo na estreia, num particular com o Estoril. Golo importante, que valeu a vitória. Mas o resto da pré-época, à semelhança da equipa toda (e, porventura, por causa disso) foi medíocre.

Talisca estava a «fazer de» Enzo Pérez, o melhor jogador do Benfica, numa altura em que se acreditava piamente que fosse sair para o Valência, de Espanha. A pressão era imensa. 

A juntar a isto, e como a equipa não ganhava (a prestação na Emirates Cup, em Londres, foi humilhante), questionava-se muito a política de contratação do clube da Luz. E também o que fazer aos jovens da formação. 



Porquê apostar em Talisca, um jovem de 20 anos que tinha vindo do Bahia, e não num jogador como Bernardo Silva, agora no Mónaco, com anos de clube, que sabia o que era o Benfica, era benfiquista, conhecia a dimensão e a exigência dos adeptos. Talisca tinha de aprender tudo isto, Bernardo não. 

Jorge Jesus está longe de ser um treinador que aposte na formação. É, aliás, uma das principais críticas que recebe. Jesus gosta de ter consigo os melhores. Quer ganhar ontem. É verdade que potencia e faz crescer muitos jogadores (Fábio Coentrão, Di María, Enzo Pérez, Matic, Rodrigo…), mas tem de sentir que o talento está lá. Não perde tempo se não tiver a certeza disso. 

E Jesus apostou em Talisca. Certamente porque confiava nele. Puxou-o para a frente no terreno e no jogo da Supertaça, com o Rio Ave, já mostrou algo mais. A aposta manteve-se, Talisca foi respondendo entre a timidez e a confiança. Até Setúbal. Aí explodiu. Fez três golos, foi o homem do jogo e, de repente, o Benfica ganhava um craque. 

Em Portugal os jornais despertaram para Talisca. Contaram a sua história, procuraram as raízes, ouviram responsáveis que o acompanharam no Bahia. Nos cafés e nas ruas, sempre que se falava de futebol e de Benfica, lá vinha o nome de Talisca. 

A entrevista de José Mourinho, a garantir que clubes ingleses tentaram a sua contratação, foi o último passo na afirmação de «Talisca Superstar». Um fenómeno que, contudo, não está completo.
Meio fenómeno, meio incógnita. Continua a ser cedo para perceber o que vale ao certo Talisca num futebol como o português. Tem condições para triunfar, já tem o público do seu lado e está a ganhar confiança. É esperar, portanto.

            

Postura de vencedor


Desde o começo do jogo, dava pra ver em Fred Flintstone (Gilson Kleina) a vontade de ganhar o jogo contra o Botafogo (começou sem Fahel). A limitação do Bahia é enorme, mas desde o início chegou em cima, apertando o freguês Botafogo. Tomou o primeiro, é verdade, mas logo depois do gol de Sheik continuou em cima e, num golpe de sorte, conseguiu o empate com um gol contra de Dankler.

Querer vencer fez a diferença.
  
Aí vem a arbitragem e começa a empenar o baba. Aquela bola não foi pênalti e o juiz deu sem pestanejar. Sheik fez 2-1 Botafogo e parecia o caminho para mais uma derrota, só que na segunda etapa veio até Kleina aquela “postura de vencedor” tão falada por ele. O homem foi corajoso nas mudanças. Tirou Léo Gago, Emanuel e Miranda, colocou Maxi, Marcos Aurélio e Branquinho, respectivamente. A vontade de ganhar ficou mais clara ainda.

O Bahia melhorou e desequilibrou o Botafogo que perdeu Ramirez e Emerson Sheik expulsos (A CBF É UMA VERGONHA, MESMO!), com isso, o tricolor ganhou força, foi à frente e empatou com o renovado Maxi. Após o empate, a pressão continuou e o Bahia fez um gol legal que foi anulado pela grande arbitragem. Depois disso, tentativas sem sucesso. Ficou clara a deficiência na criatividade, com jogadas repetidas e chutes horríveis de fora da área. O Bahia ainda precisa melhorar muito nessa parte.
 
"VERGONHA!", diria Sheik.


Como estamos falando do Esporte Clube Bahia, o melhor veio pro final. Aos 45, Branquinho venceu Jefferson, o Bahia venceu o Botafogo e Gilson Kleina venceu o medo de perder. 3-2 Bahia, um triunfo pra alegrar a imensa nação, que respira um pouco mais aliviada fora do Z4. Que o professor continue assim e que venha o BA-VI! 



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Futebol amador e seu charme

Subi para o 'Campo', como todos em Mairi chamam o Estádio Municipal Carlos Afonso Nunes Sena, para assistir ao jogo entre a seleção local, contra o selecionado de Ipirá, válido pelo Campeonato Intermunicipal.

O grito "pipoqueiro" faz muito sentido no Campo, mas o nome dele é Noé.

Cheguei poucos minutos antes do início do jogo e já pude sentir o clima que adoro de futebol amador. Crianças batendo o baba entre a arquibancada e o alambrado, gente apostando no resultado, com direito a choro do torcedor visitante, que queria um gol pra apostar, pipoca, laranja e muito corneta.

Qualidade do jogo e do gramado pode ser mensurado pela foto,
Sentei perto de um vendedor de cerveja, por motivos de logística e em pouco tempo de jogo o juiz já era alvo da ira da torcida, que evitava xingamentos racistas (olha a consciência social). Os xingamentos eram "maconhado" e o tradicionalíssimo "FDP".

Durante o jogo também ouvi um torcedor um torcedor acusar o árbitro de ter 'astrose' e colesterol alto, não consegui apurar tais acusações.

Graças à tecnologia, pude assistir ao jogo do Bahia pelo smartphone do brother e no primeiro gol do Tricolor foi minha vez de xingar. Xinguei todos os mistos presentes no Campo.

O jogo não teve nada de importante, a não ser o gol marcado por Piroquinha. Empate em 2 a 2, mas o clima de futebol amador continua sendo espetacular, porque não é em todo lugar que o jogador cola no alambrado pra bater a resenha com a torcida.

Nêgo Nem batendo a resenha com a torcida.