segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Lá vem o Alemão...

Alemão literalmente "pagou o pato" contra o São Paulo.

O título é sugestivo. Mas não recriminem apenas um jogador. A falha de ontem (10/08) é um sinal de que o plano para a zaga desenvolvido pela diretoria não deu certo. A falha de ontem é um reflexo de decisões equivocadas tomadas no final de 2013 e ao longo do ano de 2014.

O erro de Alemão no jogo entre Vitória e São Paulo começou em dezembro de 2013. Após uma bela campanha, o rubro-negro perdeu sua dupla de zaga titular e os seus reservas. Uma coisa normal para o futebol brasileiro. Os jogadores não conseguem esquentar os seus lugares nas equipes que defendem.

O erro de Alemão poderia ser evitado neste ponto. Contratações pontuais e de qualidade resolveriam o problema defensivo do Leão. Não foi o que aconteceu. O Vitória mesclou a base com jogadores experientes e contestados (desconhecidos). A improvisação também esteve presente. Por falta de zagueiros, volantes foram improvisados no miolo de zaga.

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Nomes como Defendi, Dão e Ferrari foram contratados no inicio de 2014 para suprir a carência na defesa do leão. Como resultado, os garotos da base não seguraram a barra e os experientes contratados acabaram confirmando a fama de contestados. O Vitória foi eliminado da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e perdeu o título estadual para o Bahia.

Para o Campeonato Brasileiro, jogadores foram dispensados. Defendi, Ferrari e Lucas Zen (um dos volantes improvisados) deixaram o clube. Dão e Luiz Gustavo (meio zagueiro, meio volante) ficaram no clube, mas dificilmente são aproveitados. Os garotos da base ganharam o mesmo destino. Perderam e espaço e desapareceram das listas de relacionados.

Para restaurar o setor, o Vitória tentou desfazer o que fez no final do ultimo ano. Primeiro contratou um zagueiro que fez um bom Campeonato Paulista pelo Oeste. Alemão desembarcou no Barradão com pinta de “xerifão”. Os nomes de Kadu e Victor Ramos chegaram com força à toca do leão. O primeiro foi contratado. Já o segundo, entre muitas idas e vindas e negociações com o Bahia, acabou voltando para o México.

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E assim o Vitória entrou no brasileirão. Com Kadu e Alemão como zagueiros titulares e Dão, Salustiano e Luiz Gustavo como opções na reserva. Nos últimos dias, o zagueiro Roger Carvalho, ex-São Paulo, também chegou ao Barradão. 

Nem tanto, nem tão pouco. Nem a zaga do ano passado era insubstituível nem todos que estão aqui no momento são incompetentes para vestir a camisa rubro-negra. A falta de planejamento para manter os titulares de 2013, culminou para as apostas em jogadores contestados e momentaneamente desconhecidos. Verdadeiras apostas para titularidade.

Após os fracassos do primeiro semestre, os métodos continuam sendo implantados. A exceção de Kadu, já conhecido após uma boa temporada em 2013, os nomes de Alemão e Roger Carvalho podem assustar ao torcedor. O primeiro estava presente na pífia campanha do Náutico antes de assinar com o oeste e acumula, neste inicio de brasileirão, falhas e gols contra. O segundo, chega desconhecido após voltar do futebol italiano e passar (somente passar) pelo São Paulo. Caso muito parecido com o fatídico e “finado” Defendi.

Claro que o sistema de defesa é composto também por outros jogadores. O problema é que erros primários e cada vez mais constantes são repetidos, causando o insucesso e aumentando a desconfiança do torcedor. Erros que começaram em dezembro de 2013. As tentativas de ajustes já acabaram. Metade do ano ficou pra trás. Já passou da hora de arrumar novamente a cozinha do Leão.

   

 


    

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