segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Fecha a conta e passa a régua

O ano está acabando e com isso vem a reflexão de todo torcedor:
"O que aconteceu esse ano com meu time que vale a pena lembrar no ano que vem?"
Com certeza 9 em cada 10 torcedores do Bahia vão dizer que o rebaixamento não vale ser lembrado, que não vale a pena ser usado como ponto de partida pra próxima temporada. 
Mas aí entra o questionamento: Por quê o rebaixamento não pode ser usado como "lembrança" do ano que está passando ? 
Um rebaixamento mexe com as estruturas de qualquer clube no Brasil, seja ele grande ou pequeno, porque isso vai muito além apenas do orgulho do torcedor em dizer que seu time é Série A; A estrutura do campeonato Brasileiro é fraca, o calendário é péssimo, os campos de muitos estádios da primeira divisão são ruins e mal conservados, quem dirá os campos dos estádios da segunda divisão. A confederação e as federações pouco se importam com isso, marcam jogos na terça-feira 21h, na quinta 21:50,  e pouco se importam como isso será absolvido pelo torcedor, se ele terá condição de ver o jogo nesse horário, se o ~espetáculo~ vale a pena pra ele.
Clube que na Série A tem média de público de 10 mil dificilmente tem essa mesma média na Série B(São poucas as exceções), e isso mexe no time dentro e fora de campo, pois os jogos terão pouca renda, pouco público, pouco apoio, e os custos de uma partida (que tem ficado cada vez mais caros) precisam ser tirados de outros fundos, de outros meios.
Agora volto a pergunta, "Por quê o rebaixamento não pode ser usado como "lembrança" do ano que está passando ?" 
O Bahia começou o ano de 2014 com três promessas que iriam nortear o ano do time e da diretoria:
1- Ser campeão Baiano; (OK)
2- Montar um time sem ~medalhões~ e com a folha ~enxuta~; (OK?)
3- Não brigar pra cair. (?????)

"Muito prazer, me chamam de otário..." já dizia a música "Dom Quixote", de Engenheiros do Hawaii; Passamos o ano acreditando nisso, vendo o time ter seguidos e seguidos erros e insucessos em suas promessas, com uma folha extremamente inchada pra receita que tinha, sem patrocínio master, sem seu maior trunfo por perto (sua torcida), já que os ingressos eram caros e o time não agradava... E no que isso deu ? Em mais uma promessa não cumprida, CAÍMOS!!!!!!!!

Pra que 2015 seja diferente, a nova diretoria vai ter que enfim aprender que fazer promessa não tá com nada. Campeonato Baiano ? é obrigação que o time do Bahia seja campeão; Copa do Nordeste ? Chega de humilhação, são 2 anos sendo eliminados na primeira fase! Campeonato Brasileiro ? Subir é muito mais do que obrigação, é NECESSÁRIO! O elenco ? esse é o grande problema, porque com o mercado inflacionado, e com o time sem dinheiro, não podemos fazer loucuras como esse ano que acabou, tem que contratar com a CERTEZA de que o jogador vai se esforçar e dar tudo de si dentro de campo.

Se nortear a partir de um rebaixamento não é iniciar o ano com o pensamento de não cair pra C, não é pensar em se manter na B, mas também não é pensar em ser campeão da divisão( o que não seria ruim), mas é pensar em voltar a ser grande, é pensar em fazer diferente do ano passado, é se preparar pra enfrentar dificuldades, mas saber que essas dificuldades serão responsáveis por "enrijecer" os meninos da base que serão usados, por "enrijecer" a diretoria que tem na ponta do Iceberg um presidente jovem, de apenas 33 anos.

Fechem a conta e passem a régua, esqueçam que nos mantivemos por 4 anos na Série A lutando pra não cair, esqueçam a Nike, esqueçam a Penalty, esqueçam os problemas com a Arena Fonte Nova, esqueçam os problemas com jogadores durante o ano, esqueçam os problemas com treinadores, esqueçam as brigas e as imbecilidades da torcida que nos causaram alguma punição, vamos pensar em 2015, todos com pensamento positivo, assim como o slogan da Copa de 2014, no ano que vem precisamos acreditar que "Somos todos um só", e voltar aos estádios, continuar nos associando, criando receita pro clube, e acreditando que o ano nos trará dias melhores.

Foto: Eduardo Martins/ Agência A TARDE

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Carta ao Papai Noel

Querido Papai Noel...


Pra começar: Não quero montagens como a de 2014. Se 2015 promete ou não,  vamos descobrir durante o ano.

Por enquanto, gostei de dois dos 3 primeiros presentes. O primeiro, Ricardo Drubscky, parece ser um bom professor. O segundo, Neto Baiano, é um belo presente de natal. Fiquei tão feliz com esse presente que estou sapateando ao som da música de natal “Seqüência do Neto”. O terceiro, Anderson Barros, está em processo de avaliação. Vamos aguardar. Durante o ano, te mando noticias sobre o presente.


Junto com esses três presentes, te peço uma coisa muito simples. 22 jogadores. 22 formiguinhas com gosto pelo trabalho. Série B é onde filho chora e a mãe não vê. De preferência, entregue esses presentes antes do carnaval. Vem Baiano, Nordestão, Copa do Brasil. O ideal seria que esse grupo estivesse pronto na reapresentação em janeiro. Mas estou te dando um desconto. É muito jogador pra pouco tempo de entrega. Obs: Luiz Gustavo é prioridade.

Permanecem no elenco alguns nomes razoáveis. Temos também uma base legal. Muito menino bom. Principalmente no meio-campo. Então, se não conseguir entregar os 22, não tem problema. Pode ser um pouco menos.


Resumindo. Queremos um elenco que tenha a capacidade “operária”. Chega de fiascos na Copa do Nordeste. Chega de eliminações pífias na Copa do Brasil. Chega de enganação no Campeonato Baiano. A torcida clama por um time que trabalhe, enfrente e vença os seus compromissos. Medalhões do futebol são sempre bem vindos. Mas sem exageros. Nem tanto, nem tão pouco. Experiência na medida certa também ganha jogo.

Aquele abraço e um Feliz Natal!

P.S. - Só tenho uma reclamação. Você deixou Telmito, o desodorante roll’on da toca, o Michael Kyle da zoeira, ir embora. Não satisfeito, liberou também o mano Cáceres. Com essas duas baixas, estou liberado para aprontar um pouco no próximo ano. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Não morde ninguém

Por Brendon Hilário

Que o Bahia merece cair pra Série B, disso ninguém tem dúvida. Que a diretoria não soube conduzir o o departamento de futebol, e que não tiveram pulso pra comandar o time, também. Um exemplo disso, é que somente esse ano, o clube teve 5 diretores de futebol(William Machado, Ocimar Bolicenho, Cícero Souza, Rodrigo Pastana, Pablo Ramos), o que compromete totalmente o planejamento de qualquer equipe, em qualquer divisão. A prova disso, é que o clube acabou contratando muito, e em sua maioria, jogadores que não são comprometidos com o clube. 

Em 33 partidas pela Série A do Campeonato Brasileiro, o ataque do Bahia não mordeu ninguém, foi igual a um "cachorro de madame", e daqueles bem mimados. O time só marcou 25 gols, desempenho melhor apenas que o do Criciúma, que só marcou 24. Foram 9 jogadores contratados para o ataque:
Alessandro, Henrique, Kieza, Marcos Aurélio, Maxi Biancucchi, Potita, Rhayner e William Barbio; Sendo que Alessandro entrou em campo apenas uma vez, vindo do banco, e jogou poucos minutos. Juntos, esses jogadores marcaram no Brasileirão apenas 9 gols, sendo 5 de Kieza(17 jogos), 3 de Maxi(22 jogos) e 1 de Marcos Aurélio(13 jogos). Muito pouco pra um time que tem uma folha relativamente alta pra receita que tem.

Kieza em sua apresentação no clube. Jogador foi contratado para suprir a ineficiência do ataque tricolor,
 mas até aqui, só marcou 5 gols no Brasileirão. (Foto: Rafael Santana)

Em nível de comparação, Jael, atacante preterido pela diretoria por causa de divergências salariais(informações dizem que uma diferença de R$20 mil reais), que acabou por disputar a Série B do campeonato pelo Joinville, em 23 jogos marcou 12 gols. A história de Jael no Bahia comprova que ele é um jogador bastante esforçado, que "dá liga" com o time e a torcida, e já deixou bem claro que pretende um dia voltar a jogar aqui.


Jael sempre demonstra seu carinho pelo Bahia nas suas redes sociais, e chegou a publicar até sua conversa com o então diretor de futebol do Bahia, William Machado, sobre sua "possível contratação". (Reprodução Instagram)


A campanha do Bahia até aqui, deixou a desejar; E escapar do descenso está ficando cada vez mais difícil, pois o elenco vai ficando mais desmotivado a cada jogo, a torcida vai aceitando o rebaixamento a cada derrota, e enquanto isso, o diretoria vai expondo ainda mais as suas fraquezas e seus erros, sem ter pulso pra os corrigir. A eleição para presidente do clube está chegando, será no dia 13 de dezembro,  e até aqui os candidatos ainda não se expuseram, não mostraram suas propostas, e isso precisa ser feito com urgência, para que os sócios saibam escolher seu presidente pro próximo triênio, e evitar que situações como essa da falta de gols e de qualidade do elenco, não se repita mais.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

"Bando de DISCARADO!"

No meu primeiro texto nesse blog, eu já havia falado que era misto, torcia pro São Paulo. Morava no interior, a TV só falava de times do sudeste, meus amigos torciam pra times do sudeste, dentre outros motivos...

Me lembro, com muita clareza, do jogo São Paulo 5 x 1 Corinthians, pelo Brasileirão de 2005. Lembro-me, ainda melhor, do torcedor do Corinthians chorrando no alambrado e dizendo "tira o Curintcha daí, mano!".

"Tira o Curintcha daí, mano!"

"Bando de DISCARADO!", era o que meu pai dizia ao ver a cena. Era isso o que ele sempre dizia ao ver torcedores chorando por causa de futebol.

Chorei por causa de futebol trez vezes. Quando o São Paulo foi eliminado, nos pênaltis, para o River Plate de D'Alessandro, na Sulamericana de 2003. Luis Fabiano achou que era mais importante ajudar na briga do que bater pênalti.

Luis, O Faboloso, descendo o pau nos argentinos

Nesse ano, na Copa do Mundo, No jogo da Grécia contra a Costa Rica. Duas vezes, mas conta como apenas uma, foi só por um jogo. Primeiro de explosão, quando Papastathopoulos empatou, já no fim da partida. Depois chorei ao perceber o quão perto a Grécia esteve de jogar aqui em Salvador, mas não conseguiu.

Gekas perdeu o pênalti. Eu perdi a chance de ver a Grécia de perto.

Bahia enfrentou o Palmeiras. Mais uma vez nesse Brasileiro, fui ao estádio como se fosse uma missão a ser cumprida. Cumpri novamente com minha missão, mas o meu time não cumpriu a dele.

O bando de descarados, que meu pai tanto fala, ganhou mais um integrante. Chorei, copiosamente. Percebi que sou descarado, não por ir a todos os jogos do meu time, mas por achar que eu, realmente faço alguma diferença nesses jogos.

Vida que segue, amor, pra ser bom, tem que doer. Ano que vem estarei nas terças e sábados, descaradamente, cumprindo minha missão de torcedor, porque eu sei que, no fundo, o Bahia se importa e precisa de mim.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Uma migalha de amor

Sabe quando você se apaixona e fica completamente arreada por uma pessoa? Essa pessoa faz o que quer de você. Seus amigos lhe alertam, mas você releva, pois sabe que a paixão é mais forte que a razão. Aí ela vai embora e você fica de coração partido, mas cheio de esperança que ela volte.

Em seguida você conhece outra pessoa, que também lhe faz bem, só que você não consegue se entregar totalmente à ela, mesmo sabendo que ela lhe proporcionará um relacionamento mais estável e seguro, pois ela se compromete com você.

Rep e Cuyff do Esquadrão (Foto: Felipe Oliveira)

Essa é a minha atual situação com o Bahia. O tricolor começou o ano como uma paixão arrebatadora, time muito rápido, tocando bem a bola, marcando muito bem o adversário, encantando... Cheguei a dizer que o Bahia era a Holanda de 74!

Acabou a Copa, o Bahia voltou jogando bem, mas não fazia gols, era o início da traição. As derrotas apareceram, com os meus amigos avisando que isso não estava fazendo bem pra mim. Eles queriam um relacionamento mais seguro. Jogar feio, mas ganhar.

Uma migalha de amor ao fim do jogo (Foto:Felipe Oliveira)
Mas eu não sou assim, sou das paixões. Estou de coração partido, me encaminhando pra segunda divisão... Mas nem pense que eu quero ganhar de 1 a 0. Amor pra ser bom tem que doer. A cada jogo como o desta terça (21), em que eu recebo uma migalha de amor, meu coração se acende, na esperança da volta da minha paixão.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Muito clichê e muito amor

Lá vamos nós, o primeiro clichê desse texto: "Dois a zero é um resultado perigoso..." O Bahia abriu dois gols de vantagem, chamou o Flamengo, sofreu um gol e fez a torcida sofrer até o fim.

Segundo clichês: "Atacante vive de gols..." Henrique fez uma bela partida, mas perdeu um gol de cara e furou uma bola, na frente do gol, em momentos cruciais da partida, maaaas...

VÃO DE FOD*R, vim aqui falar da minha nova paixão. Sabe quando você conhece aquela menina, que não é uma top model, não lhe arrebata de primeira, mas que aos poucos, com seu jeito de ser, vai lhe conquistando?

Essa "menina" é Emanuel Biancucchi. Apesar da imensa vontade da torcida de gostar dele, desde o campeonato baiano, ele não nos convenceu de cara, mas, de entrada em entrada, foi mostrando que dava pra ser o novo queridinho da Nação Tricolor.

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

O terceiro e último clichê (que serão dois em um): "O primo do Messi, o irmão do Maxi..." Maxi já passou a ser o irmão de Manu, porque gol era o que faltava pra ele cair de vez nas graças da torcida. Messi ainda não é o primo do Manu, e isso não deve acontecer (apenas no meu coração), mas se não temos mais Talisca, tá na hora de se entregar a esse novo romance e dar moral pro cara.

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

ps¹ - Os amigos que assistiram ao jogo próximom a mim são testemunhas de que eu "cantei a pedra" do gol de Manu.

ps² - Beijo pra Arizinha, que sempre soube que meu coração balançava pelo hermano.

ps³ - Usei menina, mas sinta-se à vontade, amigo(a) leitor(a), para usar outro gênero como exemplo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O Bahia precisa de você!

Sei que nem preciso convocar, mas é bom ressaltar. Mais que nunca, o Bahia vai precisar do torcedor nesse momento. A Arena entendeu e deu uma reduzida, os tricolores ainda ressabiados com o Ba-Vi até que foram. Mais de 13 mil pessoas ajudaram o Bahia a vencer o Sport na raça, com a jogada do querido William Barbio e o gol simbólico de Railan, menino da base e torcedor do Bahia.

VÁ PRA CANCHA, PANGARÉ!!!!


Dessa vez, quem tem que marcar o primeiro gol contra o Flamengo é a torcida. Horário bom, preço reduzido e clima bom. NÃO TEM DESCULPA! falta futebol, é verdade, mas nessa hora não se pode abandonar. É por pressão no Urubu Miserávi, apoiar o jogo todo e tirar o Bahia da "confusão".

Espero ver a Fonte lotada, com aquela boa energia. É mais gostoso ver futebol assim.

Ainda tá na dúvida? vê esses vídeos e se empolga!







terça-feira, 23 de setembro de 2014

Você foi embora, levou minha paz

O Ba-Vi do domingo não foi bom para o Bahia, pela derrota, obviamente, mas, principalmente pelo péssimo futebol apresentado, mas não estou aqui pra falar só desse jogo. Dá um play na música de Tayrone Cigano (monstro sagrado do arrocha) e acompanhe comigo.


A cada vez que Manu Biancucchi (que eu gosto muito, diga-se de passagem) tem medo de ser agudo e toca a bola pro lado, eu me pergunto se tinha que ser agora.

Foto: Edson Ruiz

Aí a opção do banco é Marcos Aurélio, que com dois jogadores a mais, contra o Botafogo, queria chutar a bola de fora da área, além de não conseguir armar um contra-ataque. Eu me pergunto o porquê de você ter ido embora.

Foto: EC Bahia

Puxo pela memória e o último gol de falta do Esquadrão foi você quem fez, faz uns quatro meses. Eu tenho que ficar vendo Léo Gago chutar field goal.

Foto: Reprodução
Seja feliz, conquiste o mundo, o céu é o limite para o 'Anjo negro de cabelos de algodão doce'. Mas, quando der, volte, a porta estará sempre aberta e parece que sua vaga no meio do campo também.

Foto: João Relvas/LUSA

Qual que é, Canindé?

*Por Elton Ponce

O torcedor do Santa Cruz deve ter amanhecido nesta terça-feira se perguntando: "qual que é, Canindé?" É que a estreia do novo comandante coral, diante do Oeste de São Paulo, às 21h50, no Colosso, ainda é uma incógnita, assim como todo o resto do trabalho. 

Não que o treinador não tenha competência. Já mostrou seu handicap em outros clubes do Nordeste de menor expressão. E é por isso que a dúvida paira no ar . Primeiro porque o elenco do Santa Cruz tem uma série de limitações técnicas; segundo por conta da desorganização administrativa do clube, que está com salários atrasados e, por fim, justamente por conta da pressão exercida pela torcida de um clube grande, experiência que o novo treinador jamais passou na carreira.
Foto: Assessoria de imprensa/Santa Cruz.

O fato é que será preciso dar uma sacudidela no elenco mas, principalmente, parar de insistir em peças que não estão dando certo desde o início da competição. A teimosia de Sérgio Guedes com Éverton Sena, Éverton Hora e Keno irritava o torcedor, que se sentia uma espécie de "estúpido de carteirinha", pois via que os jogadores não rendiam mas eram escalados. 

Seja ela qual for, o tricolor quer mudança. Ao menos um time com mais pegada e um pouco mais compactado na defesa, arrumado taticamente, coisa que Guedes não conseguiu em cinco meses de trabalho. E Canindé provou que é possível fazê-lo. Basta dar uma olhada nos times que comandou no Campinense e CSA. 

Se conseguir um pouco de equilíbrio defensivo e enxertar peças como Thiago Costa, Cassiano e Renato Silva, o ganho de um pouco mais de qualidade deve ser suficiente para escapar da degola e de mais um ano pavoroso na terceira divisão. Ah, você esperava que eu falasse algo de acesso? É melhor esquecer essas vãs ilusões... A diretoria do Santa Cruz não se preparou para isso.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Há sempre algo bom no BA-VI

O Ba-Vi é o maior clássico do Nordeste e, provavelmente, o clássico mais legal do Brasil. Isso porque, não importa a colocação que Bahia e Vitória estão na tabela, vale a pena fazer parte dessa partida.

Há sempre um atrativo, não importa a falta de técnica dos times. Há sempre cores vibrantes vindas da arquibancada. Há sempre uma rivalidade muito sadia nas ruas. Há sempre as melhores gozações no dia seguinte. Há sempre vontade.

Poucos Ba-Vis terminaram em empate sem gols, talvez por isso, os palpites dos nossos blogueiros, inclusive os que não torcem para os times apostam em jogo com gols, confira abaixo a expectativa de cada um para o clássico e a partir de segunda vocês podem nos pedir os números da mega-sena.


Dinei VS Kieza. Quem levará a melhor?


(Hugo Araújo - Vitória) 

Primeiramente gostaria de agradecer ao espetacular técnico da Seleção Brasileira, Dunga, por não convocar Richarlyson (o Deus da Raça), William Henrique (o Pica-Pau ousado e alegre) e Telmário (“recordar é viver, Dinei fez quatro gols em você”) para os próximos amistosos do Brasil. Eu sei que ele gostaria de contar com esses formidáveis jogadores, mas o capitão do tetra foi brother e não irá desfalcar o Vitória na sua missão neste Campeonato Brasileiro: fugir da beira do caos. Valeu, Dunga.

Odeio clichês, mas Bavi é Bavi. Não tem pra onde correr. Ainda mais em um cenário onde os times estão separados por dois pontos na tabela. O equilíbrio é a tônica do confronto. Não consigo definir um favorito para a partida, só consigo imaginar um dos Bavis mais emocionantes dos últimos anos. Se falta técnica, vai sobrar vontade.

Além do famoso jogo de seis pontos (já disse que odeio clichê?), o vencedor do Bavi acordará na segunda-feira com uma moral renovada. No campeonato particular da dupla, uma vitória representa bastante. Não espere o jogo mais bem jogado mundo, mas espere uma bela batalha dentro da cancha.


Palpite: Vitória 1x0 Bahia, pois tenho informações seguras de que Ney Franco está tomando banho de folhas e pipoca desde o fim do jogo contra o Fluminense em busca da sua primeira vitória em Bavis. Chegou a hora dessa zica sair. 

Imagem meramente ilustrativa 


(Pedro Ivo Sena - Bahia)

Após os ótimos resultados do meio de semana, a expectativa é de um clássico bastante movimentado e pegado, dentro de campo. Espero que o Bahia pare com esse revesamento de lanterna. E que o Vitória também saia dessa situação incômoda (MENTIRA RS).

Assim está o Brasileirão

Uma fonte próxima revelou que Ney 'Fraco' já comprou dois tubos de KY para o domingo, pois sabe que a botada vai ser segura.

Palpite: Vitória 1 x 3 Bahia. O Tricolor abre dois a zero, toma um gol (pra encher a pequena torcida do time pequeno de esperanças) e depois dá o golpe de misericórdia. Após o jogo ouviremos depoimentos como esse, do nosso amigo Hugo Araújo:





(Ulisses Gama - Bahia)

Até ontem, parecia que veríamos um clássico de dois mortos na Série A, quem disse? A dupla venceu e pôs a pimenta que faltava pra domingo. No BA-VI, veremos um jogo aberto, com os dois times querendo vencer muito. De um lado, Kleina quer convencer com o seu time, do outro, Ney Franco quer deixar de ser mulher de malandro e finalmente ganhar do Esquadrão.

Veremos um verdadeiro VELHO OESTE na Arena Fonte Nova. Torço pra que a história de “um matar o outro” fique só na competição e que as torcidas briguem na garganta, cantando e apoiando os seus times em busca da reabilitação no Brasileirão.



Palpite: Vitória 2 x 2 Bahia. Apesar do clima de velho oeste, acho que o BA-VI ficará no empate. Vai ser mais uma daquelas partidas de tirar o fôlego, com com tricolor no final (a fênix de nome Maxi Biancucchi fará a proeza). Será que Ney Franco aguenta mais essa?



(João Tiago Figueiredo - Porto)

Pedir-me um palpite para o Vitória-Bahia é o mesmo, imagino, que se fosse eu a pedir a um baiano um palpite sobre um V. Guimarães-Sp. Braga, o dérbi do Minho, cá em Portugal. Difícil para mim. Estive, contudo, a analisar os plantéis e encontrei algumas surpresas.

Arena Fonte Nova. Antes do histórico Espanha-Holanda.

O Bahia tem no plantel dois jogadores que bem conheço. Lincoln, que jogou na Alemanha, e Rafael Miranda, que foi, durante alguns anos, um dos melhores do Marítimo de Portugal. Poderia ter chegado a um clube melhor da Liga portuguesa, pois deu provas para isso, mas o Marítimo não é um clube fácil de negociar e as oportunidades perderam-se.

Do Vitória conheço muito bem o Luís Aguiar, que teve anos fantásticos no Sp. Braga mas falhou a mudança para o Sporting por problemas físicos. Imagino que já não seja o mesmo jogador por isso mesmo.

Palpite: Vitória 1 x 2 Bahia. O Bahia vem de uma vitória importante e se ganhar entrega a lanterna de vez ao rival. Vou por aí, à confiança. Vitória do Bahia



(Iago Maia - Bahia)

O clássico é um campeonato à parte para qualquer torcedor de futebol, principalmente quando se tem a chance de afundar ainda mais o rival na tabela. Com bons resultados e mudanças de postura, o clássico de domingo tem tudo para ser movimentado dentro e fora do campo.



Arena Fonte Nova - Bahia 2 x 0 Vitória




Palpite: Vitória 1 x 2 Bahia. O Vitória deve iniciar o jogo dando ‘abafa’ nos 15 minutos inicias, marcando o gol logo na primeira etapa. Após o susto inicial, o Bahia deve tomar o controle das ações e consequentemente virar o jogo com dois gols de Maxi.

Obs: Aposto num público pagante entre 27 e 32 mil pessoas.



(Elton Ponce - Santa Cruz)

O maior clássico do NE vai ferver. Gostaria muito de estar em Salvador pra acompanhar. Mas daqui do Recife, observo um Vitória ligeiramente mais arrumado na peça ofensiva. O rubro-negro tem jogadores de frente que podem decidir, como o Dinei, ou apostar na correria do razoável William Henrique. 

Já o Bahia, apesar de não ser o mandante, conta com a vantagem de jogar na Fonte e de ter a participação mais efetiva de Maxi e Uelliton. Com uma defesa mais sólida, o tricolor deve aguardar mais o leão para sair nos contra ataques.

Palpite: Vitória 1 x 1 Bahia


Emoção in loco do BaVi. Infelizmente dessa vez não será pra mim.





(Brendon Hilario - Bahia)

Parafraseando o grande Galvão Bueno, "ganhar é bom, ganhar do Vitória-BA é muito melhor", num BaVi de campeonato Brasileiro, onde quem ganhar vai afundar ainda mais seu rival na zona então, vai ser lindo. Que me desculpem os amigos rubro negros, porque em semana de clássico, o espírito de guerra toma conta de mim, domingo é dia de chegar na Fonte de manhã e fazer o "esquenta" pro jogo com os amigos, como é de lei. E depois do jogo? Alguém vai ter que chorar, e garanto que não seremos nós! Já estou na espera dos aúdios de whatsapp de um amigo rubro negro que também escreve pra esse blog.

Palpite: Vitória 1 x 2 Bahia.
O jogo vai ser difícil, os dois times precisam vencer e respirar no campeonato, Maxi e Kieza vem jogando bem, vão dar trabalho. "Kleiner" entendeu que o time joga muito melhor quando joga pra frente, e esperamos que ele mantenha essa postura. O Vitória-BA vem de bom resultado, mas seu principal problema tá no banco, NEY FRACO ainda não venceu um BaVi. e vai continuar assim.

"corta Josa, pó pó pó pó pó" "Alguém para o Pará", "Corta Josa,  pó pó pó pó pó" "F**** Sodrake"
BBMP.





(Iago Ribeiro - Vitória)

Tá difícil? Chama o Bahia! Nada melhor para reerguer um time do que o seu maior rival. O clássico deste domingo tende a ser um dos mais importantes dos últimos anos. O empate prejudica os dois. Uma vitória significa reabilitação e ganho de confiança no certame de 2014.

Pelo campeonato brasileiro, o Bahia não ganha um confronto dentro da Fonte Nova desde o dia 14/08/14. Em 9 jogos, os jogadores de Itinga marcaram 4 gols e sofreram 7. Nada melhor para NEY FERGUSON tirar esse injusto ranço de não vencer o Bahia.

Reprodução: EC Jahia
Em conversa de bar, falei no inicio do campeonato que o elenco do Vitória é superior ao elenco do Bahia. Continuo com a mesma opinião. Se NEYAUM OUSADO E ALEGRE não inventar na escalação, podemos enterrar o rival. (Se não colocar Vinicius ou Edno de titular, a madeirada nas Sardinhas é certa)

No mais, GATITO resolve, RICHARLYSON é a melhor contratação do futebol baiano nos últimos meses, EscuDEUS pode voltar de contusão, se quiser falar de amor, fale com o MARCINHO, o Príncipe WILLIAM é ousadia e alegria e TELMITO, o Michael Kyle brasileiro, o desodorante roll'on da brocança, vai certamente deixar a sua marca. Menção honrosa para BELTRÁN, o chefe apache da zuera, que pode entrar e decidir.

Palpite: Vitória 2 x 0 Bahia
Os triunfos contra Internacional e Fluminense capacitam o Vitória para dominar este Bavi. O Bahia não deve vir para jogar no contra-ataque, já que o empate não interessa pra ninguém. Com mais raça do que técnica, o gramado da Fonte Nova pode ver um jogo disputado. Nesta altura do campeonato o desespero impera em na Toca e no Fazendão. O Vitória domina e vence o jogo com gols de Dinei Telmito e Marcinho, o Pequeno Marcos sem passatempo.

Marcelo Lombra chorando sangue após o bavi

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Talisca: meio fenómeno, meio incógnita

*Por João Tiago Figueiredo, jornalista português do Portal Maisfutebol e estreante no Vareio.



Está em Portugal há uns três meses e nesta altura ainda ninguém sabe muito bem o que pensar de Talisca. Provavelmente, apenas o treinador o Benfica, Jorge Jesus, terá certezas sobre o potencial deste brasileiro que começou como médio de transição, o chamado volante do Brasil, mas, logo no primeiro jogo oficial, atuou como segundo avançado. 

De início, é preciso realçar, Talisca não convenceu. Marcou um golo na estreia, num particular com o Estoril. Golo importante, que valeu a vitória. Mas o resto da pré-época, à semelhança da equipa toda (e, porventura, por causa disso) foi medíocre.

Talisca estava a «fazer de» Enzo Pérez, o melhor jogador do Benfica, numa altura em que se acreditava piamente que fosse sair para o Valência, de Espanha. A pressão era imensa. 

A juntar a isto, e como a equipa não ganhava (a prestação na Emirates Cup, em Londres, foi humilhante), questionava-se muito a política de contratação do clube da Luz. E também o que fazer aos jovens da formação. 



Porquê apostar em Talisca, um jovem de 20 anos que tinha vindo do Bahia, e não num jogador como Bernardo Silva, agora no Mónaco, com anos de clube, que sabia o que era o Benfica, era benfiquista, conhecia a dimensão e a exigência dos adeptos. Talisca tinha de aprender tudo isto, Bernardo não. 

Jorge Jesus está longe de ser um treinador que aposte na formação. É, aliás, uma das principais críticas que recebe. Jesus gosta de ter consigo os melhores. Quer ganhar ontem. É verdade que potencia e faz crescer muitos jogadores (Fábio Coentrão, Di María, Enzo Pérez, Matic, Rodrigo…), mas tem de sentir que o talento está lá. Não perde tempo se não tiver a certeza disso. 

E Jesus apostou em Talisca. Certamente porque confiava nele. Puxou-o para a frente no terreno e no jogo da Supertaça, com o Rio Ave, já mostrou algo mais. A aposta manteve-se, Talisca foi respondendo entre a timidez e a confiança. Até Setúbal. Aí explodiu. Fez três golos, foi o homem do jogo e, de repente, o Benfica ganhava um craque. 

Em Portugal os jornais despertaram para Talisca. Contaram a sua história, procuraram as raízes, ouviram responsáveis que o acompanharam no Bahia. Nos cafés e nas ruas, sempre que se falava de futebol e de Benfica, lá vinha o nome de Talisca. 

A entrevista de José Mourinho, a garantir que clubes ingleses tentaram a sua contratação, foi o último passo na afirmação de «Talisca Superstar». Um fenómeno que, contudo, não está completo.
Meio fenómeno, meio incógnita. Continua a ser cedo para perceber o que vale ao certo Talisca num futebol como o português. Tem condições para triunfar, já tem o público do seu lado e está a ganhar confiança. É esperar, portanto.