O torcedor do Santa Cruz deve ter amanhecido nesta terça-feira se
perguntando: "qual que é, Canindé?" É que a estreia do novo comandante
coral, diante do Oeste de São Paulo, às 21h50, no Colosso, ainda é uma
incógnita, assim como todo o resto do trabalho.
Não que o treinador não tenha competência. Já mostrou seu handicap em outros clubes
do Nordeste de menor expressão. E é por isso que a dúvida paira no ar .
Primeiro porque o elenco do Santa Cruz tem uma série de limitações
técnicas; segundo por conta da desorganização administrativa do clube,
que está com salários atrasados e, por fim, justamente por conta da
pressão exercida pela torcida de um clube grande, experiência que o novo
treinador jamais passou na carreira.
Foto: Assessoria de imprensa/Santa Cruz. |
O
fato é que será preciso dar uma sacudidela no elenco mas,
principalmente, parar de insistir em peças que não estão dando certo
desde o início da competição. A teimosia de Sérgio Guedes com Éverton
Sena, Éverton Hora e Keno irritava o torcedor, que se sentia uma espécie de "estúpido de carteirinha", pois via que os jogadores não rendiam mas eram escalados.
Seja
ela qual for, o tricolor quer mudança. Ao menos um time com mais pegada
e um pouco mais compactado na defesa, arrumado taticamente, coisa que
Guedes não conseguiu em cinco meses de trabalho. E Canindé provou que é
possível fazê-lo. Basta dar uma olhada nos times que comandou no
Campinense e CSA.
Se conseguir um pouco de
equilíbrio defensivo e enxertar peças como Thiago Costa, Cassiano e
Renato Silva, o ganho de um pouco mais de qualidade deve ser suficiente
para escapar da degola e de mais um ano pavoroso na terceira divisão.
Ah, você esperava que eu falasse algo de acesso? É melhor esquecer essas
vãs ilusões... A diretoria do Santa Cruz não se preparou para isso.
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